A consciência é uma peste

Há vinte anos era lançado “Achtung Baby!”, o álbum que a cada dia que passa convenço-me cada vez mais que é o melhor do U2.

Tudo bem, havia “The Joshua Tree” e haveria “Zooropa” e “No Line on the Horizon”, mas entre um álbum e outro a banda sempre entrou no perigo de ser mais uma como tantas outras, com a ajuda de Bono, o arroz de festas mais chato do planeta.

Ainda assim, a cada audição “Achtung Baby” ganha camadas de som e de significado que os outros álbuns não conseguem superar.

Por que será? Será que a causa é o fato do disco ter se tornado uma espécie de trilha sonora de uma época, tão emblemática que, por exemplo, Jonathan Franzen em seu “Freedom” faz questão de citá-lo em uma de suas cenas cruciais?

Pode haver outras – e talvez a principal é que se trata simplesmente de excelente música, tocada com profissionalismo e composta com um carinho raros de se encontrar atualmente.

Era uma época boa de se viver e ninguém sabia disso – exatamente como agora.

Deixe uma resposta

O seu endereço de email não será publicado Campos obrigatórios são marcados *

Você pode usar estas tags e atributos de HTML: <a href="" title=""> <abbr title=""> <acronym title=""> <b> <blockquote cite=""> <cite> <code> <del datetime=""> <em> <i> <q cite=""> <s> <strike> <strong>