And Through the Rhythm of Moving Slowly*

Depois de escrever o texto sobre Michael Dummett, pensei que tivesse escrito um necrológio, uma nota de falecimento; o texto, entretanto, ganhou vida e provocou discussões. Foram três artigos do Prof. Olavo de Carvalho num curto espaço de dois ou três dias, dedicados, infelizmente, mais à sua imagem da minha pessoa do que ao texto; e entre as supostas teses que eu defenderia, na visão do Prof. Olavo de Carvalho, está uma subscrição (i) do positivismo lógico e (ii) da filosofia analítica como um todo. Ele também me acusa de não me filiar a escola nenhuma, ou a todas, ou, melhor, de não deixar clara minha posição. Como não publiquei nenhuma obra monográfica em filosofia, teve ele de retirar de alguns parágrafos a minha perspectiva inteira.

Serei bastante duro, de início, mas peço aos leitores que leiam até o final. (Anoto que as opiniões abaixo — como todas as opiniões emitidas neste site pelos autores dos artigos — são somente minhas e não refletem as do IFE ou da revista Dicta&Contradicta.)

Dono de uma habilidade retórica muito conhecida, Olavo de Carvalho é um debatedor temido. Só por esse motivo me lembra William Lane Craig, que, dizia um debatedor, “chegou a inspirar o temor de Deus em seus adversários” (Craig é um apologeta cristão que enfrentou uma penca de neo-ateus britânicos e norte-americanos). Ao contrário de Craig, no entanto, penso que o nosso filósofo não tem respeitado devidamente os seus adversários ao trocar as idéias — a parte difícil e impopular — pelas suas pessoas. (Deixaria a palavra “adversários” entre aspas, apesar da deselegância do recurso, porque muitas vezes o adversário não tinha intenção de debater, seja porque não considera a atitude do Prof. Olavo de Carvalho digna disso, seja porque sabe que será vencido pelo cansaço ou se irritará com insultos repetidos e cacoetes; seja, por fim, porque não é um debatedor nato, mas um pesquisador ou um simples homem de família.) A cada parágrafo há um argumento “ad hominem”; o efeito disso é que o supostamente atingido sequer sabe por onde começar: se se defende, ou se defende a sua posição intelectual. Ou se deixa o homem falando sozinho, surpreso com a reação desmedida e a duvidar, sinceramente, que se trate de um debate filosófico. Se o leitor tiver esse desprendimento, que leia os três textos e depois abra um artigo sério de filosofia, não importa se acadêmico ou não — não encontrará nem xingamentos, nem sarcasmo, nem infantilidade, nem atribuição gratuita de posições filosóficas. Ali se respira, finalmente; e o contraste percebido não me deixa mentir.

O que aconteceu não é o que se espera de um filósofo. Daí não estranhar que alguns duvidem desse título. Isso se tem de dizer com todas as letras. Não tenho meios para, e não devo, julgá-lo moralmente. Mil vezes defendi o Prof. Olavo de Carvalho de acusações sérias de fundo moral (“falta de caridade”), desde 2002, dizendo que se tratava de estilo pessoal, e não de vaidade ou loucura ou falta de caridade. Mas minha defesa, que se mantém, não me deixa cego. Tenho convicção de que a razão não aprova essa conduta exterior e nem esse tom político e muitas vezes difamatório, e de que esse modo de proceder só provoca danos ao debate no Brasil, que já é praticamente inexistente. O único motivo que me levou a escrever foi esse. Decidi dizer em todas as ocasiões que esse comportamento — destinado, com ou sem a intenção respectiva, mais a inspirar o respeito guru/discípulo do que a criar uma relação de respeito intelectual “salva veritate” –, mesmo que o sujeito não tenha consciência da gravidade de sua conduta e mereça compaixão, é extremamente danoso para a saúde intelectual no Brasil. Quem é objetivamente desrespeitoso e incapaz de separar as pessoas e seus defeitos das suas idéias está inapto para o debate.  Sem responsabilidade pessoal não se faz nada de valor.

De injúria não se defende. Quando dizem que você é um “filho da puta”, sua atitude não é provar que sua mãe é honesta, mas ou xingar de volta ou ignorar, rindo ou não, o perpetrador da injúria. Nesses três artigos, fui chamado de porco, poltrão, tosco, fofoqueiro, imoral, abjeto, covarde, intrigante, etc etc etc. Nem o Marquês de Sade ganharia de mim. Leiam os textos; é um verdadeiro compêndio de insultos. Não vou me defender das injúrias, embora elas constituam o grosso do texto do autor.

A boa fé é uma coisa rara. Mas ainda assim apelo a ela, porque julgo que não há sociedade, e nem coisa alguma de valor, sem confiança e boa fé.

Afora as injúrias, há certamente pontos dignos de discussão que o Prof. Olavo corretamente suscitou. Quase nenhum desses pontos estava em meu texto; mas vou ignorar esse detalhe técnico. Minhas teses iniciais são: (i) eu e o Prof. Olavo de Carvalho estamos de acordo no que diz respeito aos limites e à importância da lógica e da matemática para a filosofia; (ii) eu e ele estamos em desacordo no que diz respeito à importância da filosofia analítica, como observou um comentador. Alguns pontos marginais dele seriam: (a) eu faço ou não faço idéia do que significa a frase legendária “não entre se não for geômetra”; (b) eu nunca li Platão. Percebam que quase todos os pontos marginais são do tipo “X não sabe que y” (ou seja, argumentos “ad hominem” travestidos de arrazoados filosóficos ou históricos); eu me pergunto que utilidade tem saber se fulano sabe ou não sabe algo. Praticamente nenhuma, afora a intenção de desqualificar o adversário ou derrubar um concorrente num concurso de cátedra. Isso ajuda se vamos ou não consultar o autor, como critério prático — se acreditamos que ele sabe, consultamos; se acreditamos que ele não sabe, ignoramo-lo. Mas numa discussão, só o fato objetivo e as teorias efetivamente defendidas é que são relevantes.

Concedo que se possa interpretar o meu necrológico como uma apologia ao estudo sério da lógica matemática como requisito fraco, ou mesmo forte, para a atividade filosófica. Eu não disse isso; e mesmo o Dummett discute esse problema no livro que citei, lembrando que o Organon de Aristóteles é, sim, o início da sua filosofia. Penso que é conveniente, e não necessário, estudar lógica e se familiarizar com os resultados básicos da lógica matemática: a completude da lógica de primeira ordem, teoremas de Skolem-Löwenheim, compacidade, incompletude, etc. O que é conveniente não é obrigação moral. É um distintivo importante, mesmo que não passe de erudição e arma de combate intelectual; e para muitos pode ser extremamente vantajoso fazer exercícios de lógica e aprender a provar teoremas, seguindo a recomendação de Platão na República, guardadas as proporções. O que me parece nefasto é reduzir a filosofia à lógica (ou a linguagem natural, ou toda a linguagem, a ela), ou exigir que qualquer estudante de graduação em filosofia ou amador deva se assenhorear de todos os severos teoremas do “Mathematical Logic” do Shoenfield. Nunca vi um filósofo analítico, mesmo na escola positivista de Schlick e Ayer que pensasse assim. O que eu acredito é que — oh horror — um excelente filósofo pode ignorar olimpicamente a lógica matemática e aprender a pensar como todo mundo faz: lendo autores inteligentes, debatendo com seus pares e meditando em casa e no campo sozinho. Lógica, em sentido dialético, se aprende argumentando, com viril desprezo à vontade de ganhar um debate a todo custo (especialmente em prejuízo da reputação do adversário). Creio inclusive que se possa aprender filosofia vivendo — oh horror — a sério uma disciplina espiritual, como fizeram alguns monges bem distantes da escolástica decadente. E, por fim, não vejo como não criticar o excessivo tecnicismo, tanto da escolástica mencionada quanto de certos autores analíticos.

Mas um fato é que existe a afirmação, por parte de alguns filósofos, de que a lógica matemática — esperneiem os preguiçosos ou não — permite uma análise mais sutil do pensamento e da linguagem. Um desses filósofos é Frege. E para mostrar que não existiria um ganho de sutileza seria necessário dominar, em primeiro lugar, o instrumental exigido.  Não enfrentarei essa tese aqui, mas pretendo, aos poucos, escrever sobre o assunto. A filosofia é lenta — e os apressados acabam tomando na cabeça.

Não vejo significativa dissonância entre o que pensa o Prof. Olavo e o que penso eu a esse respeito. Uma avaliação bastante objetiva dos méritos e misérias da filosofia analítica pode ser encontrada neste ensaio do Prof. Jaime Nubiola, da Univerdade de Navarra. Foi o gentil Jaime Nubiola, aliás, que me fez deixar de lado o preconceito que tinha até 2008 com a filosofia analítica. Bastou um café da manhã e a leitura de alguns artigos. Talvez estejamos errados; mas meu interesse é sincero. É inegável que se trata de uma tradição rica — embora assustadora.

Concedo ainda que as considerações do Prof. Olavo me fizeram pensar bastante sobre esse assunto, depois que a poeira das injúrias baixou. Teria eu exagerado textualmente a importância da lógica? É comum que o autor leia o seu próprio texto com demasiada boa fé. Talvez eu tenha feito isso. Mas objetivamente não estou convencido de que tenha exagerado, ou que tenha defendido o que não defendo (o positivismo lógico). O que defendo é a preocupação com a exatidão, mesmo que esse ideal seja praticamente — ou teoricamente — inatingível. Quando formulo uma tese filosófica, preciso conhecer-lhe as implicações. A formalização, quando é conveniente chegar a esse ponto, pode ajudar a enxergar uma inconsistência. Às vezes a mera formulação de uma tese não dá conta do que efetivamente se quer dizer; e a vagueza da formulação acaba por torná-la indefensável. Quais as consequências do princípio de identidade? Quais as consequências de uma filosofia sem o princípio do terceiro excluído? Sustentar que o ‘real’ equivale ao ‘ideal’ sem definir esses termos nos traz algum ganho filosófico? E se os tivermos definido — algo muda? Uma definição exata dos termos no que diz respeito ao seu sentido e escopo pode mostrar o erro de uma tese. A teoria da quantificação pode ajudar, por exemplo, o filósofo a entender o alcance semântico de determinado predicado (quantificadores: “a maioria dos”, “uma quantidade enumerável de”, “todos os”, “nenhum”, etc). Já o método analítico é útil para desfazer questões ou teses sem sentido, mesmo que no passado ele tenha sido usado, ilegitimamente, para desfazer todas as questões filosóficas. Seria ilegítimo colocá-lo a prova efetivamente? Ousado testar o seu alcance? Quando a preocupação é com os fundamentos da matemática, ademais, nenhum outro método mostrou-se mais adequado que o analítico; talvez porque a filosofia continental, por se ter afastado dessas questões, sequer tenha sido testada. Por isso não é nova a idéia de aliar método analítico e questões tradicionalmente enfrentadas pela filosofia continental. Concedo, por fim, que âmbito mais adequado para o método analítico é a filosofia da matemática, a filosofia da lógica e a filosofia da ciência — embora haja pérolas na filosofia analítica como “Analytic Philosophy and Spirituality of Man”, de G.E.M. Anscombe.

Talvez por desconhecimento geral, por parte dos autores e do público envolvido, de grande parte da história da filosofia no século XX, fui colocado sem autorização numa espécie de debate surreal entre positivismo lógico e filosofia realista (?). Escrevi um necrológio, respeitando os limites naturais do assunto e o número de caracteres previsto. O que ganhei foram três notas de obsessão declarada num site de crítica à mídia dirigida ao meu punhado de caracteres — uma reação desproporcional, e que diz mais sobre ele do que sobre mim.

Quem leu o texto percebeu que minha divisão inicial era entre autores fáceis de divulgar, por sua (para mim, falsa) capacidade quase pirotécnica de explicar o universo inteiro e o homem com teorias gerais — muitas vezes forçando o leitor a uma pretensa conversão mística por meio de coisas como “um mergulho na alma humana” — e filósofos difíceis, discretos e pouco lidos pelo grande público, como Michael Dummett, Saul Kripke, Peter Geach, Putnam e — por que não? — Kant e Aristóteles, que certamente não são “cigarras mágicas”. Existem inúmeros autores que não se encaixam em nenhuma das categorias, por óbvio. (Chesterton é gostosamente pirotécnico, mas sério e competente; e não é nada difícil de ler.) Não entendo, sinceramente, como isso possa ofender alguém.

Para enfrentar um dos pontos marginais levantados pelo Prof. Olavo, pergunto: Qual o contexto da inscrição legendária — “não entre quem não for geômetra”? Comumente entende-se, com essa frase, que o ser geômetra é requisito para entrada na Academia. Objeção comum é que “geômetra” indica um agrimensor (século II d.C. em diante). Mas, além de esse significado não fazer sentido na inscrição, o Lidell-Scott dá-o em Platão (e. g., Tht. 143b) como geômetra, sem indicar qualquer particularidade. O vocábulo grego contido na lenda é [a]geometretos / geométres (Filoponos, em Comment. in Arist. Graeca, XVIII, parte 1, ed. A. Busse, Berlin, 1900, p. 118, 18). Mas vamos ao frango. Parece-me pacífico que Platão considera a geometria uma espécie de pré-requisito prático para a filosofia — não que ela seja essencial à filosofia “an sich”, mas sim que ajude o estudante a pensar abstratamente e com rigor. No livro VII da República (Rep. 526c em diante), o ponto é que o estudante não deve dispensar (aphéteos, no texto, tem esse exato sentido de quem dispensa, afasta) o estudo da aritmética e da geometria, caso — e essa é a tese mais forte debatida, que continua como questão aberta — esta última de fato “obrigue a alma a contemplar a essência” (526e); embora discuta o uso do termo “geometria” e suas distorções, está claro que “[the] Platonic education values mathematics chiefly as a discipline in abstraction” / “a educação Platônica valoriza a matemática principalmente como maneira de ensinar a pensar abstratamente” (nota de John Burnet na sua ed. “Platonis Opera”, Oxford, 1903). Essa tese nada tem de ousada; é ponto pacífico nos comentadores. Não quis defender nada mais do que isso no meu texto, como é evidente; inclusive mencionei o alívio de vários filósofos analíticos ao perceberem que não é necessário ser graduado em matemática para entendê-la (a própria matemática) sob o ponto de vista filosófico. E não creio que o Prof. Olavo de Carvalho discorde de Platão, e nem que tenha uma exegese muito diferente do texto. Se há discordância, não vejo como isso possa provocar tamanha celeuma.

Quanto à acusação de eu nunca ter lido Platão, bem, vou deixá-la sem rebater. O que posso dizer em meu favor é o fato de que coordenei e participei de um grupo de estudos de Platão por mais ou menos 4 anos; lemos e discutimos quase todos os diálogos platônicos usando o texto grego e traduções autorizadas. Que isso importa? Porcaria nenhuma. Só o acerto das teses defendidas é que tem relevância.

Com isso não pretendo ter rebatido todos os pontos esboçados pelo Prof. Olavo de Carvalho. Isso será feito aos poucos, como é de costume na arena filosófica: escrevendo sobre o assunto, sem areia nos olhos e beliscões. Só quis esclarecer duas coisas com esta nota: que não considero saudável um debate que não seja puramente de idéias, e que portanto não pretendo favorecer o que me parece danoso; que, no mais, concordamos em muitos pontos e discordamos em outros. Minha admiração pelo Prof. Olavo de Carvalho como pessoa permanece intocada — tanto quanto meu direito de dizer o que não me parece bem. Ele é um homem forte e luta pelo que acredita. Tenho certeza de que receberá o meu texto com boa fé e respeito.

Uma última nota. Em nenhum momento acusei-o de ser uma “cigarra mágica” — ao contrário de muita gente, conheço até as apostilas que o Prof. Olavo escreveu, e reconheço-lhes o valor. O que há ali? Metafísica, epistemologia, teoria do conhecimento, lógica; tudo escrito com seriedade. Fica registrado o meu pedido de desculpas pelo que alguns consideraram uma “indireta”. Como alguém disse: “Você subestimou o temperamento do Olavo”. Cada intelectual sabe o que defende; e em nenhum momento acusei o Prof. de defender teorias que explicam tudo — o título honroso cabe aos estruturalistas, pós-estruturalistas, ocultistas e tantos outros místicos, invertido ou afirmado o idealismo de Hegel. Minha tipologia à propos servia mais para denunciar vícios intelectuais (que eu mesmo cometi, como está literalmente no texto) do que pessoas, como é de costume. Por isso não coloquei nomes; quem quiser, que vista a carapuça. Tanto que os leitores entenderam perfeitamente, à “época”, do que eu falava. Meu desabafo deve ser atribuído ao fato de não ver com bons olhos certos discursos que só servem para elevar os ânimos e tudo simplificar. Isso destrói qualquer possibilidade de debate e transforma o que deveria ser brilho filosófico genuíno em monstruosa caricatura. Magis amica veritas.

 

* O título é em homenagem a uma peça de música de câmara composta por Victor Lazzarini em 2005, que tem o mesmo nome.

7 comentários em “And Through the Rhythm of Moving Slowly*

  1. Embora lamente a fúria de alguns ataques, reconheço que tenho aprendido um pouquinho com essas batalhas verbais. É meio mórbido dizer isso mas espero que continuem, hehehe. Só para registro: há dois ótimos livros do William Lane Craig publicados em português, “Em Guarda – defenda a fé cristã com razão e precisão” e a monumental “Filosofia e Cosmovisão Cristã” escrita em parceria com J. P. Moreland.

  2. Júlio,

    Parece-me que o ponto que suscitou a reação do Prof. Olavo foi o trecho “denunciar conspirações no seio do Foro de São Paulo”, que posteriormente foi editado. Todas as suas explicações aqui simplesmente ignoraram este ponto.

    Além disso, sabemos que vez por outra alguns dos críticos do professor Olavo insistem em lhe aplicar a pecha de filósofo autointitulado e de falastrão. Talvez não fosse sua intenção, mas no encadeamento inicial do seu texto pareceu (e tive essa impressão desde a primeira vez em que o li, antes até de todo esse debate) que se tratava exatamente disto: mais uma afronta direta ao professor Olavo e, dessa vez, marcando um contraponto aos pensadores considerados mais sérios por você, entre os quais Michael Dummet.
    Dizer simplesmente que o Prof. Olavo vestiu a carapuça parece um exemplo de “dar uma de migué”. Mesmo que consideremos a caracterização das cigarras mágicas como bastante genérica, a menção ao Foro de São Paulo parece, sim, ter endereço específico, como se identificasse a quem você se referia em toda a caracterização. Filósofo que fala sobre o Foro de São Paulo só há um!

    Desculpe, mas dizer que seu necrológio foi inofensivo, mesmo quando seus parágrafos inciais podem ser lidos exatamente como uma ofensa, soa como desconversa! (E, sim, foi um comentário desnecessário, tanto que pouco antes da polêmica foi suprimido.)

    Lamento, mas esta resposta aqui é que só responde aos pontos marginais da fala do Olavo!

  3. Julio,

    Se você não tivesse escrito na primeira versão do texto aquela coisa de “filósofos que ficam falando do Foro de São Paulo”, muito provavelmente o Olavo nem teria conhecimento da existência do texto. Esta é a raiz do problema.

    Gaude

  4. Tua “última nota” deveria ter sido a primeira, ainda nos comentários do famigerado post. Também eu achei que você fazia uma defesa da superioridade da escola analítica sobre as outras escolas; e que Olavo, preocupado com “teoria da conspiração”, se enquadrava na categoria de Cigarras Mágicas… Olavo é um ferrenho adversário da escola analítica, e na aula desta semana do Seminário, deu uma aula brilhante sobre o assunto; aguardo o seu próximo artigo sobre o assunto. Felizmente essas coisas o inspiram (e.g. Dugin e Sidney Silveira).

  5. Caro William,

    Eu tirei a referência porque preferi tornar mais genérica e impessoal a minha crítica, e evitar reações nefastas para o debate. Veio a reação porque há gente que adora uma briga e fica com sono quando se trata de um debate genuíno, de idéias; mas o texto que ficou foi o que está publicado há tempos. O problema é que a reação matou o debate. Infelizmente.

    Eu respondi aos pontos que interessam: questões filosóficas. Não respondo a insultos porque isso é impossível, como expliquei.

    Em breve fecharei a caixa de comentários, por sugestão de um dos editores; espaço sempre haverá nos textos subsequentes. Como dizia um comerciante, “só trabalhamos com idéias”. Recebi alguns comentários ofensivos ao Prof. Olavo e a outras pessoas, e os apaguei. Os argumentos “ad hominem” e a baixaria estiveram sempre abolidos neste site.

    Ah, e sobre o William Lane Craig, tive notícia da vinda dele. O problema é que será um congresso grande; não sei se será possível assistir somente às palestras dele, ou se haverá alguma palestra isolada, fora do congresso. De todo modo, saímos ganhando com a presença dele no Brasil. Craig é o debatedor mais respeitoso que já vi; além dos seus livros de divulgação, seus artigos de filosofia analítica e teologia são excelentes.

    Um abraço,
    Julio

Comentários não permitidos.