Polaroids de Andrei Tarkovsky

polaroid Tarkovsky faria 79 anos esta semana. Estas polaroids – resultados de um presente dado por Michelangelo Antonioni – mostram que o sujeito tinha um olhar peculiar sobre nossa passagem pela terra provisória. Mais aqui.

Um passeio noturno

Fazia muito tempo que o seu pai não o chamava para passear, principalmente para os dois observarem a cidade à luz do crepúsculo e, portanto, quando ouviu a voz dele perguntando se queria dar uma volta, sequer titubeou. Abandonou o videogame que jogava compulsivamente no computador há quase duas semanas e foi todo feliz rumo…

De mal a pior

Conservador americano defende as virtudes do pessimismo em livro que precisa ser lido no Brasil. Por Túlio Borges Não são poucos os conservadores que ficaram ou ainda estão eufóricos com o novo Congresso americano, configurado pelas eleições de novembro. John Derbyshire, articulista da National Review, definitivamente não é um deles. Para ele, os Estados Unidos…

O Desabamento

Entraram no bar por volta das cinco da tarde, pediram duas canecas de chope, acenderam cada um os seus cigarros e depois de três ou quatro goles, um fez a seguinte pergunta ao outro: – Você sabe por que eu quis vir aqui? – Não. – Não sabe mesmo? – Nem desconfio. O outro respondeu…

A afeição dos estranhos

Foi o gole extra de café que tomei na lanchonete. Certeza absoluta. Foram apenas cinco ou seis ou até mesmo dois segundos a mais em uma rotina construída para me proteger do ataque do acaso, mas foram os segundos que mudaram a minha vida. Sei que acabei de escrever uma banalidade. No entanto, não sou…

Nós somos Lara Logan

Estava demorando, não é mesmo? Aposto que vocês gostariam de saber o que eu, este radical da direita, este sujeito reacionário em seus princípios, este católico de meia tigela que odeia os carolas e tira sarro dos ateus sem que eles percebam, pensa a respeito deste evento que a mídia quer chamar de “revolução de…

Os grãos

Em uma anotação feita em seu diário (publicado em parte pela revista piauí neste mês de fevereiro), o escritor americano John Cheever, uma alma que se deleitava no seu próprio tormento, define precisamente como começa aquele bichinho manhoso chamado auto-destruição: 1952_Quando a autodestruição brota no coração, parece ser menor do que um grão de areia. É…