Ainda vale a pena ouvir Richard Wagner?

A resposta a esta pergunta, segundo David P. Goldman, também conhecido como Spengler, é um sonoro “não“. Para ele, Richard Wagner – um dos gênios mais canalhas que já existiu na face desta terra – se tornou uma espécie de “muzak“, um exemplo a ser copiado na marcha imperial de Darth Vader ou na escala…

A visão interior de Lou Reed

Enquanto me recuperava de uma forte gripe e lia JR, de William Gaddis, soube como foi a reação do público do SESC Pinheiros em relação ao show de Lou Reed em São Paulo e dei várias gargalhadas. Esperavam o quê? Que ele cantarolasse Perfect Day? Fizesse as pessoas suspirarem com Walk on the Wild Side? Nada…

A ressaca dos anos 60

Mikal Gilmore não é qualquer um. Escreveu um belissímo livro sobre sua terrível experiência pessoal com a história de seu irmão Gary, que foi o último condenado a morte do estado de Utah, Tiro no Coração (a tragédia também foi o tema de uma obra prima de Norman Mailer, The Executioner´s Song). Fez belas reportagens…

O anel sem palavras

Na semana passada a Orquestra Sinfônica Brasileira apresentou no Theatro Municipal do Rio de Janeiro um programa que não queria ter perdido. O vídeo acima é só uma pequena amostra do que os cariocas assistiram no dia 16/10, e o paulistano aqui não estava lá. A música foi o principal, é claro; mas eu tenho…

Teardrop falling

E ontem assistimos Brad Mehldau no concerto de piano realizado pela TUCCA, na Sala São Paulo, um evento que, toda vez que o pianista norte-americano vem ao Brasil, é divulgado de última hora. O que dizer? Mehldau é um dos poucos que podemos chamar de “virtuoso popular”. Sim, ele sabe tocar. Sim, ele sabe escolher seu…

Música e moralidade, por Roger Scruton

Artigo de Roger Scruton sobre um de seus temas favoritos: a música. Fiquei feliz em vê-lo tratar da música pop (no sentido mais abrangente: tudo aquilo que não é erudito) com mais nuanças. Ela não compõe um bloco homogêneo que possa ser apenas aceito ou condenado como um todo; há distinções e análise dos diferentes…

Até tu, Sibelius?

Para não dizerem que eu sou injusto com a posteridade dos mortos, lá vou procurar mais encrenca com esta história de “quem-foi-e-quem-não-foi-nazista-e-como-isso-interefere-na-sua-magnífica-obra-de-arte-ou-filosófica”. Se antes era o tio Heidegger e a tia Arendt, agora vamos para o vovô Sibelius. Para ser mais respeitoso, Jean Sibelius, provavelmente ao lado de Gustav Mahler o maior compositor sinfônico do…

Trilha sonora da queda

Todo grande evento histórico tem sempre uma música para acompanhá-lo, uma melodia que entra na cabeça do indivíduo anônimo que o vive. Os exemplos são muitos: as marchas militares que avançavam com os britânicos na praia de Dunquerque, as canções de cabaret que antecipavam a decadência moral da Alemanha nazista, até mesmo sobrou para uma…

Dez anos sem Amália Rodrigues

texas lottery Dois fados para cantar a saudade deixada pela diva do fado, Amália Rodrigues, que morreu há exatamente dez anos. “O que é o fado?” No site do Le Monde, pequenas canções e uma curta entrevista. No Youtube, um vídeo (dentre tantos outros) que exibe seu talento vocal num belo fado.