Na vertigem da poesia

Uma conversa com Ferreira Gullar

por Martim Vasques da Cunha, Guilherme Malzoni Rabello e Renato José de Moraes

A obra poética de Ferreira Gullar é um fato consolidado na história da literatura de língua portuguesa e deve ser lida como parte de nosso cânone. Consagrado por todos – embora nem sempre bem compreendido – o poeta, próximo de completar oitenta anos de idade, continua produzindo, e, sobretudo, criando. Onze anos depois de Muitas vozes (1999), lança no segundo semestre, pela José Olympio, seu novo livro, Em alguma parte alguma – do qual selecionou os três poemas que oferece em primeira-mão aos leitores da Dicta. Firmemente convicto de que “o sentido da vida é sempre o outro”, Gullar é homem de uma profunda honestidade a respeito daquilo que viveu – uma trajetória turbulenta, repleta de esperanças e decepções ideológicas – e que sempre refletiu sobre a paixão pela criação poética, buscando através dela recriar, de uma forma ou de outra, o seu próprio mundo.

Num encontro com a Dicta&Contradicta em seu apartamento em Copacabana, conversamos sobre toda a sua obra literária, sem esquecer das aventuras políticas antes do Golpe de 64, do exílio em Moscou e no Chile, e de sua relação com a morte e a transcendência.

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