por Bruno Garschagen
O nome de Isaiah Berlin ficou tão marcado pela concepção das liberdades “positiva” e “negativa” como idéias políticas rivais em vez de meras e diferentes categorias conceituais, que os demais aspectos de sua filosofia política são objeto de conhecimento quase exclusivo dos estudiosos. Nada de novo. O que interessa neste ponto é que, ao conhecer a dimensão moral que Berlin extrai do estudo histórico e o seu entendimento sobre o ser humano, que o faz recusar as teorias deterministas da história, podemos compreender o paradoxo de seu pensamento na concepção do pensamento utópico, em seu entendimento sobre a natureza humana e na ação do indivíduo na história.