por Julio Lemos
Albert Einstein Ain’t no Hipster. Baniram do New York Times o uso da palavra “hipster”. Como todos – ou poucos, talvez – sabem, ela designava um pessoalzinho obscuro louco por jazz nos anos 50, depois os descendentes dos hippies, e finalmente os atuais, já fora de moda por decreto, rapazinhos e mocinhas de óculos unissex Wayfarer com camisetas irônicas, mais de 10 livros na biblioteca pessoal (ok, podem excluir essa qualidade) e a discografia completa de Electric President e Sunset Ribdown no iPod. Para definir um hipster segundo a interpretação G de um dado sistema lógico-formal L, basta dizer: “hipster, sm. Aquele que não admite ser α, embora seja α sob G, sendo G a comunidade não-não-sutil hipster internacional, de New York a Paris, Texas”. Aplicando-se a fórmula acima a ela mesma, temos como resultado que a definição nunca assume um valor de verdade F ou V; de modo que os hipsters podem continuar a existir mesmo depois de mortos.