Internet e jornais

Você confia mais na informação lida num jornal físico ou na Internet? Os americanos, e isso não deve ser restrito apenas a eles, têm preferido saber das novas via computador.

Devo dizer que eu também. Não tanto por algum motivo ideológico (afinal, os sites de notícia que eu leio são quase todos parte da “liberal media”), mas por pura praticidade: a Internet é mais facilmente navegável, não suja minhas mãos, não tem um sistema estranho de páginas que nunca abrem na direção esperada, e, de quebra, economiza papel e dinheiro.

24 comentários em “Internet e jornais

  1. Eu também leio mais notícias na internet! Mas qual o problema de se gastar mais papel senhor novo-ambientalista-do-pedaço? Até o pessoal da Dicta agora entrou nessa do politicamente correto?

  2. Eu também leio mais notícias na internet! Mas qual o problema de se gastar mais papel senhor novo-ambientalista-do-pedaço? Até pessoal da Dicta agora entrou nessa do politicamente correto?

  3. Não há porque ler jornais brasileiros, mormente impressos (há de haver exceções, mas não me lembram). As notícias verdadeiras só nos chegam por meio da midia chamada independente (MSM, WDN, Newsmax e variados blogues e saites pessoais).
    Aos meus amigos – os que ainda se esteiam nos grandes veículos impressos – costumo dar o fato com antecedência de dias ou meses, e com uma vantagem: sem o pendor canhoto, em que nossos jornalões são contumazes.

  4. Web ou impressos? Old habits die hard, ainda que este nosso jeito de ler jornais não remonte a nada muito mais antigo que o século XIX. Para coleta básica de informações, a internet é mais prática e mais rica. E coisa óbvia, facilita a integração em redes. No final das contas, porém, o que interessa é manter a necessária distância crítica do “noticiário”, de maneira a ouvir o que ainda resta de aproveitável em Babel.

    Quem por ofício não precisa estar perto do zum-zum político-ideológico, tem a sorte de não carecer de primeiros cadernos ou seus equivalentes virtuais. Um estudante de física, por exemplo, pode impunemente ignorar as trivialidades/enormidades cotidianas e não tão paradoxalmente enxergar melhor o pano de fundo por trás do zum-zum; ie, a “episteme” que no mainstream das ciências humanas considera homens como a) “tipos” disto ou daquilo, vg, nações, classes sociais, grupos de consumidores e demais categorias com as quais passamos a trabalhar nos últimos 200 anos mais ou menos, ou então b) mônadas alheias a qualquer “harmonia praestabilita” (Leibniz mas não vou citar fonte, não).

    Tudo muito chato pelo menos, ou então exasperante e assustador, dependendo de onde estivermos, inclusive geograficamente. Web ou impressos, importante é que sejam traçados com algum aditivo ético/estético, meta-midiático, digamos assim. E aí em geral o papel continua melhor. Distância crítica sem muita leitura até existe, mas é raro. E livros ou mesmo revistas como a Dicta seguem mais bacanas em formato Gutemberg. Ao menos até aperfeiçoarem aquele gadget da Amazon que imita “in folio”, aperfeiçoamento que só deixará de ser trivialidade se contribuir para mudanças civilizatórias na tal episteme. O resto é a wasteland habitual, mas a grande notícia é que tem por aí alguém de bom humor tocando Mozart. Talvez na web seja mais fácil de achar.

  5. Os liberals não estão errados EM TUDO, minha gente.

    Economizar papel é realmente um ato bom.

    Não é porque o planeta não vai acabar que não devemos deixar de nos preocupar com a Natureza.

    Desperdício nunca é bom.

  6. “Não é porque o planeta não vai acabar que não devemos deixar de nos preocupar com a Natureza.”
    É Renan e Joel, o politicamente correto é um vírus pegajoso mesmo! Eu particularmente consumo notíticias somente na internet! Agora, se alguém quiser consumir notícias ou demais informações em formato impresso e assim dispor de seu dinheiro, porque ele deve se preocupar em economizar papel?

  7. Pingback: Tweets that mention Dicta & Contradicta » Internet e jornais -- Topsy.com

  8. “Mas eu colocaria “natureza” com minúscula… Deixa a Natureza para o Sérgio de Biasi.”

    Hahaha, Júlio, é verdade, equívoco meu.

    “Agora, se alguém quiser consumir notícias ou demais informações em formato impresso e assim dispor de seu dinheiro, porque ele deve se preocupar em economizar papel?”

    Rodrigo, ninguém está dizendo que a pessoa é OBRIGADA a ler na internet para economizar papel, mas que SE TIVER A OPORTUNIDADE, é não só válido como CORRETO evitar o desperdício.

    Abs

  9. Sei que vão implicar porque está fugindo do espírito do texto, mas lá vai. Renan, não se desperdiça papel ao se comprar jornais ou revistas. É uma indústria que se beneficia com isso, e uma indústria que emprega muita, mas muita gente mesmo!

  10. Alguém comentou que “old habits die hard”, e quem é que tem o hábito de ler jornal no computador tomando café da manhã? Aqueles farelos de pão caindo no teclado, o café espirrando na tela…
    Sei não… Não combina.
    Mas a iniciativa ecologicamente correta é bem-vinda, sim (melhor falar isso antes que eu vá à forca).

    Hm, é bom lembrar que ler jornal no computador economiza papel, mas gasta energia?

  11. Ainda que eu “consuma” notícias diariamente via internet, não deixo de ler meus dois jornais impressos todos os dias.

    E quando a notícia captada na internet é interessante e tem mais de 3 parágrafos eu costumo imprimir para ler. Por favor, não me atirem pedras… são hábitos de jurássico, mas…

  12. Wagner, acho que voceh nao eh o unico a imprimir textos compridos. De modo geral, o formato Gutemberg continua mais confortavel para os olhos.

  13. Caro Joel,

    o problema não é sujar as mãos de tinta mas a mente de mentiras, má fé, desonestidades intelectuais, venalidades e que tais.
    Está se gastando muito papel e tinta para produção de péssima qualidade.
    Gde. abraço e parabéns pelo rock no D&C.

  14. Maria Celina, curiosamente, eu tomo café da manhã lendo notícias na internet. :o) Coloquei filme plástico em cima do teclado do laptop para facilitar a limpeza dos farelos de pão. É um pouco cachorrento, mas funciona que é uma maravilha.

  15. A grande vantagem dos blogs é que eles permitem interação entre os leitores.Uma página como a que vemos não existe nos jornais de papel .
    A toda e qualquer hora um usuário pode exprimir sua opinião a respeito do que é debatido aqui , participando e construindo um leque enorme de informações benévolas para todos nós.

    Apenas para constar…Eu fui informado da existência da revista e site Dicta/Contradicta através do jornal .

    É inclusive o único site que conheço e do qual tenho gostado deveras. Por favor escritores todos, me mandem, se nao for incômodo bons sites em português (entrei no curso de inglês há apenas duas semanas)para que eu possa formular uma opinião a respeito
    da internet como meio de aprendizado e informação.

    Por enquanto eu fico com o jornal.

  16. É, Pedrinho, devo admitir que os sites que acompanho em geral são em inglês. Para notícias, vou à BBC e leio a Folha online (que é livre para assinantes da UOL).

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