Neurologia e religião

A neurologia é de Marte; a religião é de Vênus. Água e óleo. Não se olham na cara e falam uma da outra pelas costas.

Que inesperado, então, que travem, de vez em quando, relações amigáveis, como parece ser o caso do novo livro resenhado no Washington Post. Trata-se de “How God Changes Your Brain”, do neurologista Andrew Newberg. Dizem as fofoqueiras que essa relação terminará em casamento…

2 comentários em “Neurologia e religião

  1. Gostaria de aproveitar a menção deste assunto tão envolvente e convidar os interessados para juntar-se a mim num empreitada que estou organizando aos poucos: criar um Grupo de Estudos Interdisciplinares sobre a Mente.

    A idéia é existir um espaço permanente no qual possa haver discussões sérias sobre temas relacionados à mente humana em sua profundidade, com honestidade intelectual e rigor técnico, incluindo áreas como Neurologia, Psiquiatria, Psicologia, Neurociências, Filosofia, Teologia e Pedagogia.

    Por exemplo, alguns temas sugeridos que sempre instigam studiositas e curiositas são: a relação mente-cérebro e as bases biológicas da consciência; como se conjugam as novas descobertas das Neurociências e das técnicas de neuroimagem com os conceitos clássicos acerca da mente humana; usar condições neurológicas e psiquiátricas, bem como o binômio “consciência” x “inconsciente”, como sugestão de contexto para discutir a temática da liberdade humana e do livre-arbítrio; comparar as propriedades cerebrais e mentais dos animais e dos seres humanos.

    Naturalmente, precisaríamos de alguém bem versado em Filosofia da Ciência para orientar este diálogo interdisciplinar, imagino eu. Isso porque, sabemos, por serem temas de caráter interdisciplinar, os que ensaiam divagações sobre tais assuntos geralmente se perdem por diversos erros fundamentais, detectados principalmente pelos especialistas nas respectivas áreas afetadas. Daí a necessidade atual, num panorama como o nosso em que o conhecimento específico cresce de modo avassalador, de haver quem saiba trafegar bem por todos estes campos, sem deixar escapar os highlights técnicos específicos de cada área nem se tornar alguém de posse de tanta informação de algo tão específico que acabe sabendo quase tudo sobre quase nada.

    Assim, buscaríamos o tão fundamental diálogo entre essas áreas para evitar várias misconceptions relacionadas ao assunto – por exemplo, em veículos leigos de divulgação científica – , tão freqüentes na atualidade devido às confusões advindas das tentativas de relacionar as idéias de disciplinas distintas. Além disso, mesmo em revistas técnicas vários destes erros conceituais, tantas vezes influenciados por sutis ideologias de fundo, acabam levando a falsas conclusões de trabalhos científicos.

    Ressalto que o que nutre o espírito de toda esta proposta não o intuito de formular novas teorias iconoclastas que expliquem definitivamente todos os temas sugeridos, mas sim, a partir do diálogo entre as ciências, lançar luzes sobre descobertas recentes da neurociência e sobre certas correntes de pensamento, objetivando que estas estabeleçam uma relação mais saudável com a Realidade, ajudando a dissecar os descaminhos que alguns tomaram e revelar os melhores rumos que podemos trilhar para uma compreensão mais verdadeiramente humana dos temas relacionados à mente.

    Meu e-mail é henriquecal@gmail.com e estou aguardando contatos e sugestões.

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