por Rodrigo Duarte Garcia
Relativistas são uma espécie curiosa. Quando pensamos que a coisa toda já desceu a níveis abismais, lá vão eles a comparar a sonata para violoncelo de Rachmaninoff a um batuque de tambor no mato, o Paraíso perdido a uma letra de rap, paisagens de Turner aos grafites da esquina. E tome citações de Protágoras (essa gente nunca leu Platão?), leituras tortas da Crítica do Juízo de Kant, acusações de esnobismo e de uma visão elitizada da cultura. Como é mesmo a frase de Leo Strauss? Se todos os valores são relativos, canibalismo é só uma questão de gosto? Bem, mas antes que alguém comece a falar no movimento antropofágico e no mictório de Duchamp, é preciso desfazer alguns mal- entendidos.