Este é o pequeno lembrete que Kate Harding, da Salon, faz sobre o evento mais polêmico da semana – muito mais importante que a palhaçada na embaixada brasileira em Honduras – e que, inesperadamente, soltou os demônios de muita gente que se diz “respeitável” e “defensora dos bons costumes”.
(Além de mostrar como vai a visão-de-mundo das pessoas que comandam o mundo da cultura, é claro)
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Legal o texto, Martim.
Mas por que ele não foi preso nos outros países por onde passou? (Obviamente, não estou aqui dizendo que ele não deveria ter sido preso agora,como acham os comandantes do mundo da cultura…rs).
Questões jurídicas ou simplesmente fizeram vista grossa?
Provavelmente por não terem acordo de extradição com os EUA.
Obrigado, Hugo.
“Tudo começou em 77…”, diz a música de uma banda punk brasileira. É claro que a referência da letra não é ao caso Polanski, mas poderia ser, não fosse sobre os Sex Pistols.
Tudo isso para dizer que achei interessante a pergunta feita em um blog da revista britânica The Spectator: por que raios as autoridades suiças (justo elas), foram trazer isso à tona agora? (Eu realmente não sei, mas gostaria de saber.)
Eu sei que não tem muito a ver com o assunto, mas gostaria de lembrar que sexta-feira passada morreu Susan Atkins, da gangue de hippies psicopatas de Charles Manson, uma das assassinas da ex-esposa de Roman Polanski, Sharon Tate, 40 anos atrás. Eu sempre fiquei impressionado com a coleção de coincidências (ou seriam sincronicidades, tema caro a Jung e ao psiquiatra Stanislav Groff?) que envolveram aquele caso macabro. O disco dos Beatles que inspirou a chacina de Manson, o White Album, foi na maior parte resultado das experiências que o quarteto de Liverpool teve na Índia com o guru Maharish, em 1968. Junto com eles estava a atriz Mia Ferrow que estrelara naquele ano um filme de Roman Polanski, “O Bebê de Rosemary.” No ano seguinte, Charles Manson mandaria seus bicho-grilos assassinos cheios de LSD na mente matarem a esposa de Polanski que, por ironia do destino, ou do diabo, também estava esperando um bebê. No dia seguinte, a Família Manson matou uma outra mulher que também se chamava Rosemery. Na época da tragédia, não faltaram cristãos protestantes que atribuíssem a Polansky a culpa indireta dos assassinatos por ter filmado “O Bebê de Rosemary.”
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