Ainda as Experiências de Quase Morte

Qualquer alteração na sensibilidade humana, qualquer experiência possível que um homem possa ter, é produtível por meio de uma alteração dos neurônios necessários para produzi-la. E mais: depende dessa atividade neurológica para ocorrer. Pode, portanto, ser produzida  naturalmente ou, se ocorrer de estarmos sob o poder de um neurocientista perverso o bastante, artificialmente. Por isso,…

Riscos, incertezas e o dia da morte

Por que o risco calculado é melhor do que a incerteza absoluta? E por que ainda assim preferimos não saber o dia em que vamos morrer? Recorramos a um experimento mental concebido por Ellsberg (Risk, Ambiguity and the Savage Axioms, in Quarterly Journal of Economics 75, 4 (1961), pp. 643 e ss.), chamado aqui simplesmente…

Morre Daniel Piza

Esse fim de ano está, ao menos é o que me parece, especialmente tétrico. Vaclav Havel, Joãosinho Trinta, Cesária Évora, Christopher Hitchens; e agora o jornalista Daniel Piza, vítima de um AVC inesperado na noite de ontem, 30/12. A natureza é mesmo indiferente às expectativas humanas. Leva-nos a pensar na fragilidade da vida. Aguardem, contudo,…

A morte nas esferas pública e privada

Não sabemos lidar com a morte. Com menos gente morrendo “fora de hora” (o que é bom), pensamos menos nela. Ao mesmo tempo, a mídia e a Internet confundem as esferas pública e privada. Antes, saber que alguém distante morreu era só mais um fato abstrato; agora temos que ver a mãe chorando na TV…

A linha da sombra de Philip Roth

Terminei de ler o mais recente livro de Philip Roth, “Fantasma Sai de Cena” (Exit Ghost, Cia. das Letras). Não é tão poderoso quanto, por exemplo, “O Animal Agonizante” e “Everyman” (não consigo pronunciá-lo como “Homem Comum”) – e não chega aos pés de “O Teatro de Sabbath”, um dos grandes livros da década de…