Vaclav Havel (1936-2011)

Nem Christopher Hitchens e muito menos Joãozinho Trinta me fazem sair das minhas férias.

Mas Vaclav Havel sim.

Ele morreu na madrugada de hoje, dormindo.

Se o mundo sente falta de uma bussola moral, ainda tínhamos Havel como norte, com suas peças e discursos que mudaram a história de um país (a Tchecoslováquia) sem usar uma manobra de violência física ou verbal.

(Esta opinião não é apenas minha. Tenho ninguém menos que Tom Stoppard ao meu lado)

Hitchens desponta para o esquecimento, apesar de seu talento inegável.

Já Vaclav Havel será alçado a partir de agora à redescoberta de uma vida que se manteve íntegra mesmo quando enfrentou o Poder que quer nos corromper a qualquer custo.

Sugiro aos leitores que, como homenagem a um verdadeiro grande homem, leiam nada mais nada menos “The power of powerless”, um ensaio que, por si só, poderia refundar toda uma nação.

R.I.P.

5 comentários em “Vaclav Havel (1936-2011)

  1. Hitchens disse uma vez que o fracasso em se encontrar as armas de destruição em massa, somente provava que elas estavam lá.
    Ok. Mas quero lembrar e ele que é possível usar essa mesma argumentação para provar a existência do diabo

  2. “Hitchens disse uma vez que o fracasso em se encontrar as armas de destruição em massa, somente provava que elas estavam lá.”

    Mais um dito do chorado Hitchens: ““What can be asserted without proof can be dismissed without proof.”

  3. De fato, Joãosinho Trinta era incapaz de tirar alguém das suas respectivas férias – por um motivo bem simples: ele ajudou a alegrar as férias de muitos e a dar empregos a outros tantos. Não sem razão, a “filósofa” Claudia Leite declarou há semanas que “não gostar de axé é normal; anormal é você se achar superior porque conhece John Coltrane ou adora o Metallica”. Ponto!

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