Katyn: o longo segredo

por Dariusz Tolczyk

Em 7 de abril de 2010, Vladimir Putin viajou até a floresta de Katyn, na Rússia ocidental, para se juntar ao primeiro-ministro polonês Donald Tusk num ato em memória das vítimas que Stalin mandara fuzilar e enterrar ali setenta anos antes. Três dias depois do evento, o mundo ficou chocado quando o avião transportando outra delegação polonesa para Katyn, encabeçada pelo Presidente Lech Kaczynski, caiu durante o percurso, matando todos os que estavam a bordo. A catástrofe deixou a Polônia de luto, e os fatos que o ocasionaram também precisam ser recordados. Na primavera de 1940, a polícia política soviética, a NKVD, executou secretamente pelo menos 22.436 prisioneiros poloneses; 4.421 deles em Katyn. Dentre os inúmeros crimes da Segunda Guerra (alguns de proporções bem maiores), esse assassinato em massa foi provavelmente o mais acobertado ao longo de todo o século XX – não apenas pelos soviéticos, mas no começo também pelos seus aliados ocidentais dos tempos de guerra.

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