Entrevista exclusiva com João Pereira Coutinho – Parte 4

A pessoa ideal para ser seqüestrada em São Paulo. Esta é mais uma auto-definição que o nosso lusitano favorito, João Pereira Coutinho, faz sobre “sua alma pura que luta contra a corrupção do mundo”. Por quê? Nesta parte da conversa, João se identifica com ninguém menos que Immanuel Kant – chega a acreditar que as pessoas acertam os seus relógios e hábitos pelas suas manias, da mesma forma que o povoado de Konisberg fazia quando o filósofo iluminado passava pela praça pública. Mas, ao contrário de Kant, João Pereira Coutinho não escolhe se fechar na gaiola da irrealidade (ok, bem que ele gostaria de estar preso em uma universidade para provar a sua benevolência, como o próprio diz) e, de brinde, nos dá suas opiniões sobre dois dos mais polêmicos assuntos da condição humana: Deus – e, last but not least, as mulheres. Como João disse no final de seu último artigo na Folha de S.Paulo: Quem viver, verá.

 

6 comentários em “Entrevista exclusiva com João Pereira Coutinho – Parte 4

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  2. Amigos da Dicta (sobretudo aos sedizentes inimigos da mesma): Consta não somente aos ateus a forçação de barra quando o assunto é o próprio Deus.

    Bakunin, por exemplo, não muito certo da cabeça, escreveu em seu livro, Deus e o Estado, o seguinte: “Mas eis que chega Satã, o eterno revoltado, o primeiro livre-pensador e o emancipador dos mundos! Ele faz o homem se envergonhar de sua ignorância e de sua obediência bestiais; ele o emancipa, imprime em sua fronte a marca da liberdade e da humanidade, levando-o a desobedecer e a provar do fruto da ciência”. É mole, ou querem mais?

    Está okay. Mais: Karl Marx, segundo fontes do livro do pastor Richard Wurmbrand, em Marx and Satan, recitava nos idilícos de sua pós-puberdade coisas como: “Os vapores infernais elevam-se e enchem o cérebro, até que eu enlouqueça e meu coração seja totalmente mudado. Vê esta espada? O príncipe das trevas, vendeu-a para mim”.

  3. Olá! Me desculpem comentar em um post que não trata necessariamente do assunto, mas é que desde dezembro foi finalmente lançado uma tradução em português, pela editora Quadrante, o indispensável livro “Como a Igreja Católica Construiu a Civilização” do Thomas E. Woods Jr. Só como sugestão, vocês podiam comentar sobre este lançamento ou no blog ou na revista da Dicta&Contradicta.
    Obrigado pela atenção e fiquem com DEUS!

  4. Entrevista muito divertida e inteligente. Do meu ponto de vista (agnóstico), empolgou-se demais em seu fervor religioso e criticou os ateus de forma completamente ilógica. O verdadeiro ateu não busca provar a existência de Deus. Tanto quanto o agnóstico ou o humanista não-cristão, vive SEM A NECESSIDADE de Deus. Só posso dizer que, ao final, tentou através da PROPAGANDA, vender o seu ponto de vista, usando estratégias Schoppenhauerianas para desfazer o seu “adversário”. Shame on you, diria Michael Moore…

    Sobre o comentário do Bruno acima: recomendo a leitura atenta E COMPLETA de Deus e o Estado. A citação fora do contexto de um determinado trecho de qualquer livro pode destruir completamente o sentido que o autor quer lhe imprimir. Se quiserem, posso fazer citações aleatórias da Bíblia para demonstrar a “picaretagem” imbuída nesta tática… “Shame on you”, Bruninho…

    Parabéns pela entrevista e parabéns pelo ótimo site que conheci hoje.

  5. A entrevista é ótima, mas penso que há um certo exagero achar que Deus é um “capítulo arquivado” para aqueles que acreditam nele. Compreendo que Coutinho podia estar querendo enfatizar a necessidade de fazer estardalhaço sobre a “inexistência” de Deus por parte de alguns ateus (e nem todos os ateus têm essa necessidade, diga-se de passagem), que mais parecem querer é dinamitar a crença alheia do que procurar uma prova para si mesmos de que a posição que assumiram de não-crença é mesmo satisfatória. Porém, os místicos estiveram por aqui andando pelo mundo e deixando seus depoimentos para mostrar que a crença profunda em Deus definitivamente não exclui a preocupação constante com Ele. Muito pelo contrário, no caso de místicos e de muitos que não chegaram a tanto: Deus pode ser sim sujeito (para não dizer objeto, porque me parece estranho) constante dos pensamentos e sentimentos daqueles que Nele acreditam. E não há necessiariamente uma obssessão qdo isso acontece. Senão, aonde encaixariamos todos os santos e místicos das tradições religiosas ocidentais?

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