Escritores podem prosperar sem propriedade intelectual

Sem propriedade intelectual, e portanto sem a renda advinda dos copyrights, os escritores morreriam de fome? É o que a sabedoria convencional de nossa época diz, mas não é o que certos fatos indicam… E os possíveis custos de uma mudança na legislação não nos devem cegar para os muitos ganhos.

6 comentários em “Escritores podem prosperar sem propriedade intelectual

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  2. Fui ler o artigo, e ao tentar ler os logo de início mencionados “Against Intellectual Property” e “Against Intellectual Monopoly”, obtive uma grata surpresa, rs . Mas como sou brasileiro e não desisto nunca, continei no artigo…

    Dados (com fontes e tal) não vi muitos. Sobre a comparação com os compositores clássicos, será que os conservátorios/orquestras/etc da época não pagavam pelas partituras e a editora destas não pagava (ou já pagou) ao patrocinador e este não pagava (ou continuava a patrocinar!) ou já tinha pago o compositor?

    Sem copyright, quero ver que editora vai patrocinar um escritor qualquer, sabendo que as concorrentes podem copiar aquilo à vontade (e obviamente publicar com custo bem menor, já que não precisam patrocinar/pagar o escritor).

  3. Mas era isso que as editoras faziam nos EUA com autores ingleses no século XIX. Os ingleses não recebiam copyrights dos EUA, e mesmo muitos desses tinham grande parte de sua receita vinda do novo mundo.

    A editora que publica primeiro tem a vantagem de ser a primeira. Se ela acertar na tiragem e no preço, fica difícil para um concorrente entrar no mercado.

    Os concorrentes não terão que pagar copyrights, mas mesmo assim eles terão muitos custos para mobilizar os recursos necessários para uma tiragem do livro; se eles acharem que a editora original já cobre bem o mercado, sua entrada será pequena.

  4. “Mas não é o que certos dados indicam…”

    Sinceramente, Joel…menos paixão.

    Não há dado nenhum nesse texto que legitime a tese defendida.

    Você deve abrir o site do Mises Institute e seus olhinhos já brilham com o escudo da escola austríaca.

    Menos paixão…senão você acaba que nem esse pessoal do PSTU, PT e etc, só que do lado oposto.

    Fica a dica, um tanto quanto pedante e mal educada. Mas é que muito me incomoda ver uma inteligência como a sua (e não há aqui qualquer ironia, mas verdadeira admiração) caindo nesses vícios de pensamento.

    Grande abraço.

  5. Só posso concluir que é o uso do termo “dado” que tem gerado problemas. Troquei por “fato”, que não tem a conotação técnica. Embora haja também dados, apresentados por exemplo no livro “Against Intellectual Monopoly”, resenhado por mim na Dicta 3.

    Tenho brilho no olhar de ver teses boas sendo bem defendidas. O site do Instituto Mises em si, ainda que em geral tenha alta qualidade, tem também os seus pontos baixos.

    A minha dica, igualmente pedante, é de abrir os seus olhos e considerar que talvez as explicações e modelos convencionais estejam errados. Na verdade, se fôssemos aplicar a idéia de direito de propriedade intelectual com um mínimo de consistência, todo e qualquer avanço e melhora estariam impossibilitados. Por que nesse ponto o pensamento mercantilista, tão criticado em outros, não pode estar errado também?

  6. Primeiro, a “grata surpresa” que referi no meu comentário, é que os dois livros mencionados são pagos, achei algo como ‘no dos outros é refresco…’. Talvez pagando eles deixem eu copiar e distribuir sem pagar royalities à eles… rsrsrs.

    Joel disse:
    “…
    A editora que publica primeiro tem a vantagem de ser a primeira. Se ela acertar na tiragem e no preço, fica difícil para um concorrente entrar no mercado.
    Os concorrentes não terão que pagar copyrights, mas mesmo assim eles terão muitos custos para mobilizar os recursos necessários para uma tiragem do livro; se eles acharem que a editora original já cobre bem o mercado, sua entrada será pequena.
    …”

    Ok, eu acredito que isto pode até valer naquela época, em que, acredito, os custos de manter uma editora fossem mais altos e que não houvessem tantas editoras concorrentes. Agora com tantas editoras e custos menores, sei não, não me parece que somente por publicar primeiro seja alguma vantagem, pois esta editora tem que arcar com os custos da impressão e do patrocínio do autor, enquanto as concorrentes só precisam arcar com os custos de impressão (de fato podem até fazer uma edição mais bonita, luxuosa, etc.).
    Pensando ainda no assunto eu notei que se esqueceu (no artigo e eu nas minhas indagações) de falar do principal personagem, com o autor!
    No fim a decisão é dele, não minha, não sua, muito menos de uma elite de iluminados libertários. Se ele quer ser patrocinado e não receber royalities, se ele quer receber uma bolada por cada livro, se ele quer receber uma parte e o restante em royalities, etc, a decisão é dele.

    Para provocar, o que você acha de uma editora, que não vou falar o nome, que publica traduções de clássicos da literatura, por preços apelativos, com uma de capas um tanto duvidosa e que não paga ou cita os tradutores que foram plagiados, quero dizer, não receberam os “ganhos de copyright”?

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