Cabo Daciolo: o estudo de um caso

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Pedro Ribeiro*

Chegou ao fim, no último dia 16 de maio, a controversa passagem do deputado federal Cabo Daciolo pelo PSOL (Partido Socialismo e Liberdade), uma novela política que se arrastou por meses e contou com requintes, por assim dizer, tragicômicos. Expulso do partido por 53 votos a 1, Daciolo foi acusado de infidelidade ao programa partidário e encontra-se, até o presente momento, desvinculado de qualquer agremiação política. Seu caso, que – devo confessar – acompanhei com certa curiosidade mórbida desde o princípio, é, aos meus olhos, bem mais do que mais uma mera polêmica passageira e insignificante da vida política nacional. Trata-se antes de um caso arquetípico ou, se assim se preferir, do pequeno sintoma de uma realidade muito maior. Em verdade, o caso Daciolo é um exemplo muito claro das intensas transformações passadas pelo ideário de esquerda nas últimas décadas – e é isto precisamente que pretendo demonstrar nas linhas que se seguem.

Em primeiro lugar, vamos aos fatos. Para quem não sabe, Benevenuto Daciolo Fonseca dos Santos, mais conhecido como Cabo Daciolo, foi o líder de uma grande greve dos bombeiros militares do Rio de Janeiro, ocorrida em 2011 e que chegou a invadir o quartel-general da corporação. Liderando uma greve proibida por lei – como se sabe, do ponto de vista jurídico, aos profissionais militares é vedada a realização de greves –, mas que contou com amplo apoio popular (à época, por exemplo, era muito comum verem-se as casas cariocas decoradas com fitas vermelhas, em sinal de apoio ao movimento), Daciolo chegou a ser preso e enviado para Bangu 1, presídio de segurança máxima. Uma vez liberto, se viu rapidamente alçado à posição de figura política promissora e herói popular. Disputado por diversos partidos, que viram nele a tradicional figura do líder sindical aguerrido, optou por filiar-se ao PSOL, ingressando na ala política de Janira Rocha, deputada estadual que congrega o grupo de evangélicos filiados ao partido. Aliás, foi precisamente neste curioso cruzamento entre posicionamentos políticos à esquerda, prática religiosa cristã e perfil militar que Daciolo encontrou desgraça naquela que é a agremiação política predileta da dita esquerda bem-pensante.

Na verdade, já na corrida eleitoral de 2014, em que seria eleito deputado federal, Daciolo se viu um tanto escanteado pela executiva estadual do partido, que não lhe concedeu a oportunidade de aparecer na tevê, através do horário eleitoral gratuito. Por sua vez, através do Youtube, onde publicou vídeos para mobilizar sua campanha (aqui, por exemplo: https://www.youtube.com/watch?v=o648cR67ABo), o líder grevista apelou frequentemente ao tom religioso, utilizando ora música gospel, ora uma música de campanha que continha versos como “Com Jesus na frente!” e “Feliz é aquele que tem Jesus no coração” – certamente, um perfil político muito distinto daquele encarnado por correligionários como Jean Wyllys, Marcelo Freixo e até mesmo por psolistas que se declaram cristãos, tais como Chico Alencar. Neste vídeo, particularmente, (https://www.youtube.com/watch?v=GQ92bLQvoCU), em que visa agradecer ao empenho de seus militantes na campanha ainda em curso, Daciolo, de Bíblia na mão, dá a vitória eleitoral como certa, a atribui explicitamente à intervenção de Cristo e termina o vídeo com uma oração. Por fim, uma vez eleito, ao realizar o vídeo de agradecimento (https://www.youtube.com/watch?v=EbfcYuWW3Rc), Daciolo diz ipsis litteris: “Eu queria primeiro agradecer a Deus. Nossa vitória, ela vem do Alto, de forma impossível, porque o nosso Deus é Deus das causas impossíveis”

Naturalmente, em um partido como o PSOL, comprometido até o talo com as causas do progressismo cultural (legalização do aborto, casamento gay, etc.), Daciolo, mesmo tendo sido eleito para a Câmara dos Deputados, tornou-se rapidamente uma figura indesejada. Já na sua posse, aliás, ele mostrou a que veio: na cerimônia de diplomação do cargo, fez questão de tirar foto com Jair Bolsonaro, desafeto consagrado dos psolistas – daí em diante, como se sabe, o caldo só esquentou. Comprometido com uma defesa classista dos militares, o deputado recém-eleito defendeu a necessidade do Ministério da Defesa ser comandado por um militar no último grau da hierarquia das Forças Armadas[1]; realizou também, em Plenário (como se vê neste vídeo aqui: https://www.youtube.com/watch?v=0jPAkSmGmzM) uma defesa dos policiais militares acusados de assassinar o morador de favela Amarildo Dias de Souza – um caso que havia mobilizado inteiramente a militância de seu partido. Por fim, a gota d’água se deu quando, novamente no Plenário da Casa (e se vê isto aqui: https://www.youtube.com/watch?v=7WArlrQKyVI), Daciolo afirmou que estamos enfrentando uma verdadeira guerra espiritual contra principados e potestades, e apresentou uma PEC (Proposta de Emenda Constitucional), através da qual o Parágrafo único do artigo 1º da Constituição Federal deixaria de ser “Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição” para passar a rezar que “Todo poder emana de Deus, que o exerce de forma direta e também através do povo”.  Chamado pelo partido a rever suas posições, o ex-líder grevista retornou ao plenário com toda a carga: visivelmente alterado, confrontou o partido furiosamente e, se utilizando de um direito previsto no regimento interno da Câmara, tomou a Bíblia Sagrada e leu um versículo do Salmo 62 para justificar a legitimidade de sua PEC (a cena dantesca pode ser vista aqui: https://www.youtube.com/watch?v=DsoJd15x8GA)

Certamente, dada esta admirável sequência de fatos, não é difícil ao caro leitor imaginar porque Benevenuto Daciolo foi expulso do PSOL, mas talvez, ainda assim, não seja claro porque eu considero este caso um exemplo privilegiado das transformações teóricas e práticas pelas quais a esquerda passou nas últimas décadas. Pois bem, quando a tradição esquerdista se constituiu, em fins do não tão distante século XVIII e ao longo do século XIX, ser de esquerda era muito mais do que somente filiar-se aos que se sentavam de um lado específico da Assembléia Nacional, como talvez se pense. De fato, em um contexto como aquele, de emergência da sociedade moderna, liberal, republicana, capitalista e industrial, enquanto ser de direita era, grosso modo, assumir uma posição otimista diante daquele cenário vendo na nova ordem social algo a preservar (ignoro aqui, naturalmente, as diversas divisões internas à direita); ser de esquerda, por sua vez, significava naquele tempo assumir uma posição reativa, de oposição à ordem social recém-instaurada e de luta por uma nova realidade social diferente daquela, por um “outro mundo possível”. Em suma, nas suas origens mais remotas, ser de esquerda era fundamentalmente assumir um claro posicionamento político-econômico: a defesa por uma sociedade integralmente igualitária, sem Estado, sem patrões e sem propriedade privada dos meios de produção. Os meios defendidos para se alcançar esse almejado paraíso terreno poderiam ser significativamente diferentes entre comunistas, anarquistas e os ditos socialistas utópicos, mas o sonho era um e o mesmo.

 Pois bem, o ponto é que as coisas se modificaram radicalmente de algumas décadas para cá. De uma tradição ideológica fundamentalmente político-econômica, o esquerdismo passou a se definir, acima de tudo – se não na teoria, ao menos na prática –, como a defesa de certas pautas culturais tidas como progressistas. Isto é, se nos socialismos clássicos o sujeito da história era o operário e a utopia a ser alcançada se devia fundamentalmente pelo como modo lá seria organizada a produção; com o advento da esquerda progressista (uso esse termo por falta de um melhor), os sujeitos da história passaram a ser as minorias (gays, mulheres, negros, etc.) e a sociedade ideal se viu concebida antes de tudo pela sua capacidade de integrar a alteridade de modo positivo, excluindo assim o machismo, o racismo, etc. Com efeito, quando observo meus alunos do Ensino Médio que se declaram socialistas ou esquerdistas, percebo rapidamente que isso, para eles, significa muito mais a defesa de pautas como a laicidade do Estado, a criminalização do homofobia e a legalização do aborto do que de  qualquer forma de intervencionismo do Estado na economia ou redução das desigualdades sociais – naturalmente, eu percebo isso em muitos outros além de meus alunos. Veja: é óbvio que o aspecto político-econômico não saiu de cena – e sua presença pode ser mesmo decisiva ocasionalmente –, mas, de modo geral, não ele mais quem dá as cartas no processo de auto-identificação da esquerda.

Se quisermos arriscar a determinação de um marco para essa passagem da esquerda tradicional para a esquerda progressista, penso que podemos assinalá-lo, sem dúvidas, em 1968, ano dos assassinatos de Kenedy e Martin Luther King, da Primavera de Praga, do AI-5, do Maio de 68, dos hippies e da Guerra do Vietnã, mas, sobretudo, da Revolução Cultural e Sexual. Como se deve imaginar, a transição da velha esquerda para a nova não se fez sem conflitos agudos – e não, isso não é intriga da direita maléfica. Foi o próprio Fidel Castro quem admitiu, por exemplo, ter realizado duras perseguições a homossexuais[2]. E é o testemunho insuspeito de Zuenir Ventura que nos mostra como os velhos socialistas enxergavam aqueles garotos que pretendiam combater o capitalismo não bem através das armas, mas sim da promoção de estilos alternativos de comportamento: “Curiosamente, as transformações de costumes que começavam a se operar então – principalmente no campo sexual – nem sempre foram absorvidas pelas organizações políticas como um fenômeno paralelo, convergente ou aliado. A esquerda – mesmo a radical, que sonhava com a Revolução geral – olhava para aquele movimento com a impaciência de quem é interrompido em meio a uma atividade séria pela visão inoportuna de um gesto obsceno. (…) Para um Partido Comunista como o nosso, que ainda na década de 50 promovia nas suas bases casamentos reparadores entre militantes que ousassem dar um ‘mau passo’ – exatamente como faziam alguns pais retrógrados –, aderir aos novos costumes era um inaceitável desvio ideológico. As mudanças de comportamento não eram recebidas como sinais de avanço, mas de retrocesso. A ideia de proletariado estava associada à ideia de pureza moral”[3]

 Ao fim e ao cabo, se a sobreposição nas esquerdas da político-econômica pela pauta cultural-moral teve sua data de nascimento em 1968, sua consumação se efetivou nos anos 90. De fato, com a queda do chamado socialismo real, a ênfase dos partidos socialistas nos temas de caráter comportamental se tornou muito maior. Desde então, as agremiações esquerdistas são marcadas visceralmente por uma ambigüidade: se, de um lado, em linha de continuidade com seu passado de lutas trabalhistas, se posicionam a favor de um Estado forte, responsável por reduzir as desigualdades sociais, por outros, embriagados na defesa do progressismo cultural, são a ponta de lança da luta contra toda e qualquer forma de conservadorismo no campo dos costumes. Digo que tais partidos são marcados por uma ambigüidade, pois, se é evidente que o trabalhismo e o progressismo podem caminhar juntos, também é igualmente evidente que a defesa comum dessas duas frentes não é absolutamente necessária. Um sujeito pode perfeitamente, sem contradição alguma de sua parte, ser de esquerda no campo político-econômico e, no entanto, no campo cultural-moral, ser radicalmente oposto à revolução dos costumes. O problema, naturalmente, é que como a esquerda média pós-anos 90 tende a enxergar o vínculo trabalhismo-progressismo como necessário, as figuras que não cabem neste esquema são rapidamente escanteadas e etiquetadas como reacionárias, machistas, homofóbicas, etc.

É neste corte, naturalmente, que se insere o caso Daciolo. Não se engane o amigo leitor. O problema fundamental do PSOL com a PEC que afirma a origem divina do poder político não é pura e simplesmente o seu texto, mas sim o que ela implica e simboliza desde um ponto de vista mais amplo. Daciolo, comprometido com a fé evangélica a ponto de querer que o texto constitucional se adeque às escrituras sagradas, já indicava claramente se opor às orientações do partido nos chamados debates morais. Em entrevista a O Globo, por exemplo, sendo perguntado se apoiaria, conforme os posicionamentos oficias do PSOL, a descriminalização do aborto, o casamento civil igualitário e a legalização da maconha, Daciolo respondeu: “Tenho minhas posições a respeito. Particularmente, vou respeitar o que eles pensam. Mas tenho uma referência, e ela é a Bíblia”[4]. Mais recentemente, pouco antes de sua expulsão, inquirido sobre o mesmo tema por O Dia sobre a defesa do casamento gay realizado por seu ainda correligionário Jean Willys, o ex-líder grevista tergiversou: “Esse não é o momento, o debate não é esse. O meu debate é para ser tratado com igualdade no Psol”[5]. De fato, poderia até ele acreditar que o debate não era esse, mas sem dúvidas era sim.

O fato é que Daciolo não cabia no PSOL – e não cabia, ao fim e ao cabo, porque, por mais que seja indubitavelmente à esquerda no campo econômico (pôs-se repetidas vezes contra privatizações e terceirizações, etc.), por outro, é também claramente contrário à esquerda bem-pensante em temas culturais (neste vídeo, por exemplo, ele se põe explicitamente contra a proposta de desmilitarização da PM: https://www.youtube.com/watch?v=Iz9L8JXqHQg). Naturalmente, não quero cair no erro de ler de modo excessivamente ideológico um sujeito que obviamente não é um político doutrinário, mas o fato inconteste, ao menos aos meus olhos, é que, se alguém como Daciolo enfrenta hoje problemas com o PSOL, por outro lado, certamente seria admitido sem reservas em um típico partido de esquerda das décadas de 50 ou 60. Sua “PEC de Deus” poderia, por óbvias razões, encontrar resistências, sobretudo em agremiações estritamente comunistas, mais afeitas ao materialismo histórico marxiano, mas a figura de um sujeito evangélico e conservador nos costumes não traria, por si mesmo, inconveniente algum. O caráter arquetípico do caso Daciolo, seu papel como signo eloqüente das transformações pelas quais passou o pensamento socialista nas últimas décadas, se torna ainda mais nítido quando nos damos conta de que a esquerda nacional já nos brindou uma série de casos semelhantes. Luiz Bassuma, deputado federal e fiel espírita, por exemplo, se viu suspenso do PT (Partido dos Trabalhadores) por sua aguerrida posição contrária à legalização do aborto[6]. Por outro lado, Heloísa Helena, mesmo tendo sido fundadora do PSOL e candidata pelo partido à presidência da República em 2006, também enfrentou represálias no partido por sua explícita posição pró-vida. A política alagoana, que curiosamente considera a defesa da legalização muitas vezes permeada por valores reacionários[7], afirmou inclusive ser este tema um motivo central para o seu afastamento da vida do partido: “Eles me obrigaram a defender o aborto, e vi que não era mais o partido que fundei”[8]. E, por fim, não podemos nos esquecer da situação certamente menos traumática, mas igualmente relevante, enfrentada por Marina Silva, política assumidamente evangélica, que, ao ingressar no PV (Partido Verde) em 2009, teve que garantir a inclusão no programa do partido de uma cláusula de consciência que lhe permitisse opor-se à legalização do aborto e da maconha, bem como ao casamento civil homossexual, bandeiras todas consagradas anteriormente como essenciais ao partido[9]. Como é fácil perceber, esses casos são profundamente ilustrativos por um motivo simples: quantas figuras tiveram problemas no PT, no PV ou no PSOL por não serem firmes o bastante na luta pela redução da jornada de trabalho ou por uma política econômica menos favorável ao capital financeiro, temas clássicos da esquerda tradicional?

Ora, diante de tudo isso, o que podemos concluir? Bem, eu certamente não sou um sujeito de esquerda (e, curiosamente, tampouco me considero de direita – de fatim ainda terei oportunidade de escrever à Dicta sobre meu credo político), de modo que meu interesse na trajetória dos grupos revolucionários é muito mais analítica e teórica do que prática ou militante. De todo, penso que o caso Daciolo e aqueles que lhe estão aparentados revelam claramente algumas das ilusões e limites que se cultivam no frágil debate político brasileiro. Em primeiro lugar, a aceitação sem reversas por parte do PSOL quando da entrada de Daciolo no partido revela bem a ingenuidade da agremiação e a capacidade, de modo geral, que a esquerda tem de acreditar nos seus próprios mitos, particularmente naquele do caráter revolucionário das lutas trabalhistas, como se todo líder de classe fosse por isso mesmo comprometido com todas as pautas progressistas. Em segundo lugar, a historieta do deputado-bombeiro explicita em um nível mais público uma ambiguidade (esquerda tradicional vs. esquerda progressista) que os grupos revolucionários vivenciam internamente com um grau de radicalidade eventualmente muito maior. Para citar um único caso, em fins do ano passado, Mauro Iasi, então candidato do PCB à presidência da República, ao conferenciar em um encontro sobre racismo, se viu duramente atacado por ativistas do movimento negro, os quais consideram o marxismo, teoria política de índole fundamentalmente econômica, totalmente incapaz de articular a luta negra, vinculada a uma minoria racial. Segundo relatos, Iasi e Marx foram ambos acusados de racistas[10]. Aliás, o mesmo tipo de conflito radical se vê com freqüências entre grupos feministas e socialistas mais tradicionais. Por fim, Daciolo, Bassuma, Marina Silva e Heloísa Helena revelam a estreiteza daquela categorização política grosseira, tão mais popular em nossas terras: de um lado, estaria a direita liberal e conservadora; de outro, a esquerda socializante e progressista. Na verdade (e aos meus olhos, felizmente), como espero ter demonstrado neste texto, há uma série de tons de cinza neste quadro em preto e branco.

Como não é difícil imaginar, o jogo político é sempre mais complicado do que parece. Daciolo que o diga.

[1] http://politica.estadao.com.br/noticias/geral,deputado-do-psol-e-filiado-a-linha-dura-imp-,1616432

[2] http://internacional.estadao.com.br/noticias/geral,fidel-admite-que-governo-perseguiu-gays-em-cuba,603155

[3] VENTURA, Zuenir. 1968: o ano que não terminou. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1988; pp. 36-37

[4] em http://oglobo.globo.com/brasil/com-tom-religioso-sem-apoio-do-psol-rj-daciolo-comemora-eleicao-promete-ir-pe-ate-brasilia-14305500#ixzz3cEhIE64I

[5] http://odia.ig.com.br/noticia/rio-de-janeiro/2015-04-08/apos-suspensao-no-psol-cabo-daciolo-ataca-marcelo-freixo-e-jean-wyllys.html

[6] O próprio Bassuma explica o acontecido aqui: https://www.youtube.com/watch?v=WK6Qg-cH3q0

[7] A argumentação de Helena se encontra aqui: https://www.youtube.com/watch?v=PtYA3Hhyp5U

[8] http://www.extralagoas.com.br/noticia/5075/politica/2012/09/10/heloisa-helena-deixara-o-psol.html

[9] http://politica.estadao.com.br/noticias/eleicoes,com-marina-fora-pv-agora-defende-maconha-e-aborto-imp-,1144782

[10] http://www.marxismo.org.br/content/solidariedade-mauro-iasi-pcb-abaixo-o-racismo-o-racialismo-e-o-fascismo

2 comentários em “Cabo Daciolo: o estudo de um caso

  1. Salve, salve!,

    A lição do caso Dacciolo é que, na democracia brasileira, o lugar para opiniões individuais está bastante restrito. Ou se pensa dentro do quadro programático de um partido ou é difícil permanecer na política. Há sempre exceções, mas a tendência é esta.

    E este novo socialismo de que você fala não é democrático. Ele basicamente visa formar uma sociedade com vários guetos que se suportam uns aos outros, mas, além disso, não tem muito mais em comum. O homem-padrão, que não se encaixa em nenhum deles mas é maioria, é o que se vê menos representado em meio à diversidade cultural. Ou ele também também se encaixa numa tribo ou jamais será ouvido. É uma sociedade que desagrega, por mais contraditório que pareça.

    Saudações,
    Magno F.

  2. Parabéns pelo artigo.
    Lendo seu artigo fiquei confuso não com o que você escreveu, mas a mistura do caso em si. Faço minhas tuas palavras, principalmente o final “Daciolo que o diga”: “Na verdade (e aos meus olhos, felizmente), como espero ter demonstrado neste texto, há uma série de tons de cinza neste quadro em preto e branco. Como não é difícil imaginar, o jogo político é sempre mais complicado do que parece. Daciolo que o diga”.
    Mais uma vez parabéns.

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