Feliz Páscoa!

Já me adianto aqui em desejar a todos os leitores do revista e/ou do site uma feliz Páscoa!

Para tornar tudo mais agradável, publico aqui este poema do G.K. Chesterton sobre a data, que encontrei navegando pela internet. Notem o ponto de vista inusitado: o do jumento.

The Donkey

When fishes flew and forests walked
And figs grew upon thorn,
Some moment when the moon was blood
Then surely I was born;

With monstrous head and sickening cry
And ears like errant wings,
The devil’s walking parody
On all four-footed things.

The tattered outlaw of the earth,
Of ancient crooked will;
Starve, scourge, deride me: I am dumb,
I keep my secret still.

Fools! For I also had my hour;
One far fierce hour and sweet:
There was a shout about my ears,
And palms before my feet.

5 comentários em “Feliz Páscoa!

  1. 1) Mesmo nos textos do fim da vida, Gustavo Corção de vez em quando lembrava algo do sentido de humor de Chesterton – como neste exemplo, não por acaso refletindo sobre a Páscoa: http://pensadoresbrasileiros.home.comcast.net/~pensadoresbrasileiros/GustavoCorcao/tempos_de_pascoa.htm. 2) C.S. Lewis sobre ovos de chocolate e Jesus ressucitado: “There is a stage in a child’s life at which it cannot separate the religious from the merely festal character of Christmas or Easter. I have been told of a very small and very devout boy who was heard murmuring to himself on Easter morning a poem of his own composition which began ‘Chocolate eggs and Jesus risen.’ This seems to me, for his age, both admirable poetry and admirable piety. But of course the time will soon come when such a child can no longer effortlessly and spontaneously enjoy that unity. He will become able to distinguish the spiritual from the ritual and festal aspect of Easter; chocolate eggs will no longer seem sacramental. And once he has distinguished he must put one or the other first. If he puts the spiritual first he can still taste something of Easter in the chocolate eggs; if he puts the eggs first they will soon be no more than any other sweetmeat. They will have taken on an independent, and therefore a soon withering, life.” (extraído de um dos seus comentários sobre os Salmos, http://www.amazon.com/Reflections-Psalms-Harvest-Book-Lewis/dp/015676248X se alguém quiser impresso)

  2. Páscoa; então linko uma das minhas cantatas preferidas, a número 4, “Christ lag in Todes Banden”. 2) Não sei quem foi que já observou: Bach transpõe para o vernáculo um clima que guarda correspondência perfeita com o da liturgia católica do Domingo da Ressurreição (os muito tradicionalistas em geral sossegam lembrando que São Pio X não foi o único a gostar do JS). 3) O Gardiner no link acima aparece apenas com um trecho, mas a palheta de aleluias aberta na extensão da cantata passa por várias regiões. Inclusive, claro, pelo clima triunfante do Cristo “victor Rex” no duelo com a morte (“Es war ein wunderlicher Krieg”, transcriação bachiana da seqüência “Victimae paschali”, na qual “mors et vita duelunt” à maneira de um bom western). 4) Mas passa também pela solenidade de quem na manhã do terceiro dia ainda guarda próxima a lembrança da cruz e do sudário ( a sinfonia no começo do trecho linkado sintoniza bem) ; Ele não pede por acaso “noli me tangere”. 5) Ainda prefiro de longe a gravação com o Fiescher-Dieskau. “Pathos” controlado, mas não desidratado. 6) A seguir, link para “Victimae Paschali Laudes”:
    http://www.youtube.com/watch?v=lgTvc3O2B04 Melhor o gregoriano puro e simples (vg, gravação com os monges de Solesmes em fase áurea nos anos 70, dirigidos por Dom Jean Claire), mas se trata de música viva e alguém arranjou para quatro vozes e órgão. 7) No terceiro e último link abaixo, verbete da wikipedia com um pouquinho de história, remissões para o original em latim e traduções. 8) Quem hoje (Domingo de Páscoa) foi pela manhã à missa, por exemplo, em algum mosteiro, terá ouvido a seqüência no melhor ambiente e no lugar certo. Mas o prazo de validade para ouvir em casa se estende pelo menos por mais 50 dias, ou “ad libitum”. wikipediahttp://en.wikipedia.org/wiki/Victimae_Paschali_Laudes

  3. Prezados senhores,

    Pergunto porque não apresentam a revista como uma publicação católica, ou pelo menos cristã, já que é o que ela é.

    Nesse mesmo sentido, pergunto: já que é uma revista de direita, por que não é apresentada como tal?

    Atenciosamente,
    Marília Hisaita.

  4. Bom, vou responder por mim, cuja opinião não é, necessariamente, igual a dos outros membros do IFE (que é o insituto que publica a revista).

    A revista não é católica no sentido confessional do termo. Seu objetivo não é fazer apologética do Catolicismo. Todos os membros do IFE são sim católicos, embora isso possa mudar. O mais importante para nós é que haja um acordo nos valores centrais do Instituto como definidos nos nossos documentos fundacionais.

    Além disso, vários dos colaboradores da revista não são católicos, e os textos também, em sua maioria, não tratam de religião.

    Eu mesmo escreverei, para o próximo número, um texto sobre um livro de um economista judeu/agnóstico. É um “livro católico”? Certamente o seu autor não pensaria assim, embora eu ache que a visão das ciências contida no livro não entre em conflito nenhum com o Catolicismo, que é minha religião.

    Quanto a ser de direita, aí acho sua afirmação mais complicada ainda. O que é ser de direita? É ser liberal? É ser fascista? É ser anti-comunista? É defender a Europa medieval? Os EUA do século XIX?

    Digo pra você que, entre os membros do IFE, há liberais radicais, há outros mais conservadores, há defensores de um Estado mais intervencionista. Enfim, há um bom espectro político/econômico/cultural.

    Talvez você queira expor melhor o que quis dizer numa carta ou email para nós. Por que não o manda? Todo número tem uma seção de cartas. A sua pode ser uma boa oportunidade para esclarecimentos.

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