Nietzsche pai da “pós-modernidade”?

Nova biografia de Nietzsche, resenhada por Francis Fukuyama. Um bom ponto é feito logo no início: o grande risco de qualquer biografia de filósofo é explicar suas idéias por dados biográficos e psicológicos. O que nem sempre é um erro (pelo contrário, é de se esperar que muitas, ou todas, as idéias tenham alguma relação com a vida de quem as pensou), mas pode reduzir muito um pensamento. O autor, Julian Young, é aparentemente comedido.

Como costuma acontecer com o pensador alemão, contudo, muito espaço é utilizado (na resenha e aparentemente no livro) para discutir se o pensamento de Nietzsche era ou não totalitário e opressivo. Sem dúvida, trata-se do libertarismo (pois sempre que Nietzsche menciona o Estado, é para condená-lo) menos influente em toda  a história da filosofia.

Vivemos, como diz Fukuyama, sob a sombra de Nietzsche? Seriam o relativismo, o desconstrucionismo e o pós-modernismo (termo cujo significado ainda ignoro) crias suas? Se forem, duvido que o pai assumiria a criança.

Um comentário em “Nietzsche pai da “pós-modernidade”?

  1. Pingback: Tweets that mention Nietzsche pai da “pós-modernidade”? | Dicta & Contradicta -- Topsy.com

Deixe uma resposta

O seu endereço de email não será publicado Campos obrigatórios são marcados *

Você pode usar estas tags e atributos de HTML: <a href="" title=""> <abbr title=""> <acronym title=""> <b> <blockquote cite=""> <cite> <code> <del datetime=""> <em> <i> <q cite=""> <s> <strike> <strong>