Tragicômico

Excelente artigo de James Bowman. Já notaram como as platéias hoje em dia sentem-se forçadas a rir efusivamente de tudo, mesmo das piadas mais sem graça, e mesmo do que nem era para ser engraçado? Ao mesmo tempo, não há humor nenhum quando o assunto são as sensibilidades políticas e sociais contemporâneas.

6 comentários em “Tragicômico

  1. Na verdade, meu comentário deveria ir para muitos posts já publicados aqui desde quando o site está no ar. Porque aqui encontro a divulgação de algo que não encontro nos grandes meios de comunicação: encontramos verdade, o óbvio, mas que muitas vezes a massa não consegue ver. Neste post a verdade é exatamente isto:

    “Já notaram como as platéias hoje em dia sentem-se forçadas a rir efusivamente de tudo, mesmo das piadas mais sem graça, e mesmo do que nem era para ser engraçado?”

    Neste caso, é exatamente isto que se observa hoje em dia, pelo menos aqui no Brasil. Às vezes vejo “intelectuais” (vocês entendem minhas aspas) rindo de coisas que acho absolutamente idiotas.

    Parabéns para a revista que pára em pé!

  2. Pingback: Tweets that mention Tragicômico | Dicta & Contradicta -- Topsy.com

  3. O artigo começa falando do David Letterman, mas do mesmo Late Show o autor poderia ter tiardo um exemplo que atinge o extremo da estupidez risonha: Michael Richards (o Kramer da série Seinfeld) se desculpando por declarações racistas, a platéia rindo, o próprio Seinfeld pedindo que não rissem, a platéia rindo do pedido do Seinfeld… Constrangimento total.

  4. Entre colegas de faculdade é sempre muito divertido ver como são intolerantes quando alguém coloca uma questão muito séria de maneira bem humorada. Ou quando se recorre ao humor para fazê-los ver o quão estúpidas são suas convicções ideológicas. O humor as vezes é imperdoável, as pessoas se resistem a ver como seus dogmas caem por terra com uma boa tirada, ou colocação bem humorada. Que o diga Karl Kraus, afinal o nome da revista foi inspirado numa obra dele, não é?

  5. Ou seja, o que falta é sentido de ironia, vá lá, socrática – portanto falta “sense of humour” e sobra espetáculo. Ou melodramas e pretextos para maluquices e crueldades diversas, debaixo de um verniz solene ou infantilóide. Como seria diferente, se a) o humor remete à percepção de incongruências a partir de determinado sentido de proporção e b) de modo geral este sentido anda meio atrofiado? Para quem tiver dez minutos, Chesterton reflete sobre a matéria no link a seguir. http://www.nonsenselit.org/content/view/70/59/

  6. “Humour corresponds to the human virtue of humility and is only more divine because it has, for the moment, more sense of the mysteries.”

    G.K. Chesterton

    Perfeito!

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